quarta-feira, 13 de julho de 2011

Geração Potter


O que se pode dizer sobre uma série que marcou uma geração inteira? O que falar sobre personagens que, mesmo dotados da atmosfera mágica criada pela autora, mostraram-se tão humanos e tão reais aos seus leitores que se tornaram parte de sua vida, ainda que imperceptivelmente em alguns ou até mesmo completamente em outros?

Tenho orgulho de dizer que faço parte da "Geração Potter". Comprei meu primeiro livro da série, Harry Potter e o Cálice de Fogo, aos dez anos de idade. Jamais tinha ouvido falar sobre Harry Potter e sequer fazia ideia do estrondoso sucesso dos livros mundo afora. Achei o título interessante e pedi que meu pai comprasse. Mal sabia eu, naquele momento, que estava prestes a conhecer uma história que marcaria o fim da minha infância e toda a minha adolescência. Embora eu sempre tenha gostado muito de ler, foi apenas com a série que, de fato, eu comecei a refletir sobre os temas em questão e a absorver os valores transmitidos pela história.

Quem nunca se sentiu invisível e menosprezado como o jovem Harry do primeiro livro?

Quem nunca se achou ou até mesmo conheceu alguém tão inteligente quanto a Hermione Granger?

Quem nunca se pegou fazendo as caras e bocas do Ron Weasley?

Enfim, qualquer um que tenha tido um contato com a história em algum momento se identificou com um personagem ou uma situação. Mais que uma história ficctícia, é um retrato da sociedade atual em meio a um infinito embate de culturas e ideologias. Não é simplesmente o clichê Bem x Mal. É a relidade nua e crua do ser humano. Não é sobre ser um herói certinho ou um vilão inescrupuloso. É sobre escolhas, sentimentos e aprendizados. É sobre ser humano.

A história já foi alvo de inúmeros ataques de diversas naturezas, desde acusações de apologia à magia negra, à violência, etc. Como assim? É verdade que a histórias mostra magias, há lutas, criaturas demoníacas, preconceito. Mas também há cenas de amizade, lealdade, esperança. Agora, reflita: não é assim a vida real?

Todos estamos sujeitos a coisas boas e coisas ruins. Os livros apenas relatam isso, nada mais. A questão é que histórias que arrebatam multidões geram questionamentos que incomodam aqueles que se consideram influentes no mundo. Se todos temos livre arbítrio e temos liberdade de expressão, qual o problema de questionar a realidade?

Corro o risco de parecer fanática se me dispuser a escrever tudo o que gostaria sobre a história de Harry. Meu objetivo aqui é apenas prestar aqui minha singela homenagem. Nesta sexta feira, 15 de julho de 2011, o mundo verá como se encerra uma franquia cinematográfica milionária com a estréia de Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte II e a autora Joanne Kathleen Rowling perceberá a extensão de toda a influência que a saga de Harry Potter tem sobre uma geração inteira. Será este, realmente, o fim? Creio que não. E como uma vez Sirius Black disse: "Aqueles que nos amam, nunca nos deixam de verdade".

Sei que a série é agora um clássico. Daqui a alguns anos, tenho plena certeza de que os pequenos leitores entre 7 e 10 anos de idade terão ouvido falar de Harry Potter e se encantarão pela magia da história, assim como nós.

Encerro o post com a citação de minha frase favorita da saga Potter:

"O espírito sem limites é o maior tesouro do homem" (Rowena Ravenclaw)

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